O cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor, 81, morreu na madrugada desta terça-feira, 15, devido a complicações de um acidente vascular cerebral (AVC), informou a família do jornalista em nota à imprensa. Jabor estava internado no Hospital Sirio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 17 de dezembro, depois de sofrer um AVC. 

Em mais de 50 anos de carreira, Jabor percorreu entre o cinema, o jornal, a TV e o rádio. Mas foi através dos seus comentários nos telejornais da TV Globo desde os anos 1990 que Jabor se tornou mais conhecido. 

Sua primeira vocação foi como cineasta, formado, durante a década de 1960, sob o ambiente do cinema novo —que buscava levar a realidade do Brasil para as telonas. O cineasta inaugurou a linha do “cinema verdade” de Jean Rouch, aproximando a câmera das pessoas nas ruas e dando destaque às contradições da classe média, da qual o próprio fazia parte. 

Seu primeiro longa-metragem foi "A Opinião Pública", de 1967, um mosaico da classe média do Rio de Janeiro. Seu filme seguinte, "Pindorama", de 1970, sua primeira investida na ficção, foi um fracasso que custou caro a Walter Hugo Khouri e pela distribuidora Columbia, que bancaram a produção. 

Com o longa “Toda nudez será castigada” (1973), Jabor conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim e foi o primeiro vencedor do Festival de Cinema de Gramado.

Entrou no telejornalismo da rede Globo, participando como comentarista de programas como o Jornal Nacional, Jornal da Globo e no Bom Dia Brasil, bem como na rádio CBN. Ficou célebre pelos comentários irônicos e cáusticos, bem como por sua verve polemista.

Publicou ainda livros de coletânea como "Os Canibais Estão na Sala de Jantar", de 1993, e "O Malabarista - Os Melhores Textos de Arnaldo Jabor", de 2014.

Fonte: A Tarde

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