Mais um corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros em Capitólio neste domingo (9), após um deslizamento de pedras no Lago de Furnas. Segundo o major Rodrigo Castro, às 9h50, a primeira equipe de busca localizou o corpo do sexo masculino submerso no local do acidente. As buscas continuam para encontrar outras duas pessoas que estão desaparecidas.

O major disse que o corpo já foi levado para o posto de comando e a Polícia Civil segue com os trabalhos de identificação das vítimas.

Um dos cânions atingiu quatro embarcações, com pelo menos 34 pessoas, no sábado (8), e causou oito mortes. Um vídeo mostra o momento em que um dos cânions atinge as lanchas.

Segundo balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros na manhã deste domingo, 50 militares estão empenhados na operação de busca, entre bombeiros militares e militares da Marinha do Brasil; 11 mergulhadores dos bombeiros empenhados, especialistas nesse tipo de operação e já familiarizados com a área de busca; 4 lanchas e 3 motos aquáticas da Marinha e dos bombeiros lançadas no local de busca já delimitado, além do apoio de 7 viaturas.

Veja o que se sabe até agora:

- O deslizamento ocorreu por volta de 12h30. Ainda não se sabe o que causou o acidente

- Quatro embarcações foram atingidas, segundo os bombeiros

- Oito pessoas morreram. Ao menos 2 seguem internadas

- Uma equipe de mergulhadores está no local e não há previsão de término das buscas (elas foram suspensas durante a noite e foram retomadas no domingo)

- 27 pessoas foram atendidas e liberadas

- A primeira informação dos bombeiros dava conta de 20 desaparecidos, mas o número foi atualizado para 3

- Bombeiros e Polícia Civil estão no local; a Marinha foi acionada e vai investigar a causa

- Defesa Civil havia emitido um alerta sobre chuvas intensas na região com possibilidade de "cabeça d'água"; Marinha também investiga por que os passeios foram mantidos

Mortes

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou 8 mortes pelo deslizamento.

As vítimas são 4 mulheres e 4 homens, informou o delegado de Capitólio; ninguém foi identificado ainda.

Desaparecidos

O coronel dos bombeiros Edgard Estevo, disse primeiramente que a estimativa era que 20 pessoas estivessem desaparecidas. Entretanto, em entrevista para a EPTV, afiliada Globo, o tenente Pedro Aihara afirmou que seriam quatro pessoas desaparecidas e que eles conseguiram contato com as outras vítimas. Pouco depois, o número foi atualizado para três desaparecidos.

De acordo com o coronel, 40 bombeiros e mergulhadores estão no local do acidente, mas as buscas estão suspensas durante a noite.

Feridos

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 32 pessoas foram atendidas por causa do acidente, a maioria com ferimentos leves.

Dessas, 27 foram atendidas e liberadas: 23 delas da Santa Casa de Capitólio e outras 4 da Santa Casa de São José da Barra, a 46 km de Capitólio.

2 pessoas com fraturas expostas foram para a Santa Casa de Piumhi, a cerca de 23 km de Capitólio;

Um paciente internado na Santa Casa de Passos, a 74 km de Capitólio, é um jovem de 26 anos e morador de Pimenta (MG). Ele será deve ser operado nesta segunda-feira (10) e em seguida deve ter alta; a terceira pessoa que estava internada em Passos foi para um hospital particular e está estável.

Ninguém foi identificado até agora. Guarnições de Passos e Piumhi foram deslocadas para a região para prestar atendimento às vítimas.

Lugar turístico

A região de Capitólio e outras cidades banhadas pelo Lago de Furnas, no Centro-Oeste de Minas, é bastante procurada por turistas por sua beleza natural.

Assim como outras partes do estado, a região tem sido atingida pelas chuvas recentes: na sexta-feira (7), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia emitido um alerta de chuvas intensas, que durariam até a manhã deste sábado.

Neste sábado (8), Defesa Civil de Minas Gerais havia feito um alerta sobre chuvas intensas e a possibilidade de ocorrências de "cabeça d'água' em Capitólio, mas não há confirmação que essa foi a causa do acidente. A Marinha disse que investiga o motivo de os passeios serem mantidos.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, Pedro Aihara, explicou que a formação rochosa do local é do tipo sedimentar, o que torna as estruturas dos paredões frágeis, e a quantidade de chuvas agravou a situação por acelerar a erosão. 

Fonte: G1

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