O Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) decidiu deliberar pela realização do Carnaval de Salvador em 2022. A decisão foi tomada durante assembleia extraordinária do órgão consultivo realizada na tarde desta quinta-feira, 11.

O Conselho é formado por entidades que representam blocos carnavalescos, associação de camarotes, taxistas, estado e município, sindicatos de ambulantes e cordeiros, entre outros.

Mais cedo, durante lançamento do Planejamento Estratégico 2021-2024, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, sugeriu que a festa pode ser adiada, caso os indicadores da pandemia da Covid-19 não permitam segurança para realização em fevereiro.

Já o governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que gostaria de marcar seu último ano de gestão com Carnaval, reconheceu a legitimidade de quem é investidor e de quem tem na festa a sua atividade econômica, mas afirmou que não aceita ultimatos quando se trata da vida humana.

Além dos vereadores, Bruno Reis também pediu celeridade à decisão, pontuando que é necessário que seja tomada ainda em novembro.

Ao Portal A TARDE, o presidente do Comcar, Flávio Souza, explicou que é necessário que o Carnaval seja anunciado para que patrocinadores, turistas e foliões possam se programar.

Ele ressaltou, no entanto, que o esperado é que o anúncio seja realizado com a prerrogativa de que a festa pode ser cancelada a depender do avanço da pandemia.

"A gente não quer a realização do Carnaval a qualquer custo, não é isso. O que a gente está pedindo é que anuncie, crie um comitê, e a gente vai avaliando até que se chegue a ocasião", disse.

Ele enfatizou que o tempo para o planejamento da festa é crucial e já foi extrapolado. Segundo Flávio Souza, em dezembro e janeiro fica quase impossível conseguir patrocínio, tendo em vista que a maioria dos representantes está em São Paulo.

A decisão do Comcar será publicada na edição desta sexta-feira, 12, do Diário Oficial do Município. Uma cópia da deliberação será encaminhada ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), e ao governador da Bahia, Rui Costa (PT).

O presidente do Conselho também solicitou uma reunião com os gestores, o que ainda não ocorreu.

"Não somos genocidas, cobrando Carnaval a qualquer custo. Pedimos que anuncie com a prerrogativa de que possa ser cancelado. Geramos 250 mil empregos, R$ 1 bilhão à economia. Aquele ambulante que está vendendo sua cerveja garante dinheiro no Carnaval para 6 ou 7 meses", conclui.

Fonte: A Tarde

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