Depois de mais de seis meses de negociações, o ex-governador Geraldo Alckmin anunciou nesta sexta-feira, em postagem nas redes sociais, que irá se filiar ao PSB. Na publicação, o ex-tucano fez uma referência ao ex-governador Eduardo Campos, que morreu em um acidente de avião em 2014 durante a campanha presidencial daquele ano.

"Não vamos desistir do Brasil", escreveu Alckmin nas redes sociais. A frase havia sido dita por Campos em entrevista ao Jornal Nacional na véspera do acidente. Quando morreu, o ex-governador de Pernambuco era a maior liderança nacional do PSB.
O partido vai realizar um ato em Brasília na próxima quarta-feira, dia 23, para celebrar a entrada do ex-tucano, que será indicado para ser o vice na chapa presidencial encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Alckmin tinha convites também do PV e do Solidariedade, mas optou pelo PSB, maior partido, até agora, a aderir à aliança que será montada em torno de Lula.

No ato em Brasília, além de Alckmin, serão sacramentadas também as filiações ao PSB do vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), pré-candidato ao governo do estado, e do senador Dario Berger (MDB-SC), pré-candidato ao governo catarinense.

Devem ser anunciadas ainda no mesmo evento a entrada no partido de cerca 40 pessoas de todo o país que planejam disputar a eleição para o Legislativo. Fazem parte desse grupo, entre outros, a influenciadora digital Ariadna Arantes, o babalorixá e gestor público Diego de Airá, o advogado Augusto de Arruda Botelho e a líder do movimento de moradia popular Carmen Silva, além de ex-colegas de Alckmin no PSDB, como o ex-deputado federal Floriano Pesaro e o ex-deputado estadual Pedro Tobias.

Depois da filiação, Alckmin será formalmente indicado pelo PSB para ser o vice de Lula. A expectativa é que os petistas aprovem o nome do ex-governador nas instâncias internas somente perto do meio do ano.

Considerada inicialmente improvável, a costura da união entre Lula e Alckmin teve início em julho. O ex-governador Márcio França levou a ideia ao ex-prefeito Fernando Haddad, que abriu conversas com Lula sobre o assunto.

Alckmin e Lula se encontraram de forma reservada duas vezes na casa do ex-deputado Gabriel Chalita no segundo semestre do ano passado. O petista passou, então, a fazer elogios públicos ao ex-governador, que foi o seu adversário na eleição presidencial de 2006.

Fonte: Exame

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