O Bahia vacilou mais uma vez diante do Atlético-MG, na noite desta quinta-feira, 2, pela 35ª rodada do Brasileirão da Série A. Após sair na frente e abrir 2 a 0 de vantagem, o Tricolor sofreu uma virada relâmpago em cinco minutos e viu o Galo ser campeão brasileiro em plena Arena Fonte Nova.


Depois de um primeiro tempo morno, o Esquadrão pareceu voltar mais ligado na etapa final e abriu o placar com Luiz Otávio. Logo na sequência, Gilberto ampliou o marcador. No entanto, após Hulk marcar de pênalti aos 27, Keno marcou duas vezes nos minutos seguintes e garantiram o triunfo mineiro.

Com o resultado, o Bahia segue na zona de rebaixamento e se complica na tabela. Restando apenas dois jogos, o Tricolor de Aço possui apenas 40 pontos e a distância para o Athletico-PR, primeira equipe fora do Z-4, é de dois pontos, sendo que o Furacão ainda entra em campo na rodada.

A primeira oportunidade de reverter a situação será no domingo, 5, às 16h, novamente na Arena Fonte Nova, quando o Esquadrão recebe o Fluminense. A trajetória do Bahia na Série A de 2021 se encerra contra o Fortaleza, na próxima quinta-feira, 9, às 21h30, na Arena Castelão.

Jogo morno

Com a possibilidade de garantir o título nacional, o Galo começou o duelo com mais movimentação e levando perigo para a meta tricolor. Aos 4, Keno tabelou com Hulk e, de fora da área, finalizou para grande defesa de Danilo Fernandes. Dois minutos depois, Mariano pegou rebote em cobrança de falta e mandou muito acima do travessão.

Diferente das partidas anteriores em seus domínios, o Esquadrão adotava uma postura mais reativa, esperando o Galo subir para o ataque e tentar o contra-ataque em velocidade. Devido ao comportamento tricolor, que se posiciona mais defensivamente, o Galo passou a apresentar dificuldades em furar o bloqueio azul, vermelho e branco.

A primeira chance do Bahia só aconteceu aos 10 minutos, quando Matheus Bahia arrancou em velocidade pela esquerda e cruzou na medida para Gilberto. No entanto, a defesa mineira conseguiu afastar e, na sobra, Lucas Mugni emendou o chute, mas pegou muito embaixo e isolou.

O Atlético-MG seguia trocando mais passes no campo de ataque e ameaçava tentar furar a defesa do Bahia. Em subida do Galo, aos 18, a zaga tricolor afastou mal e Kenou pegou de primeira, mas Danilo Fernandes defendeu sem grandes dificuldades. Três minutos depois veio a resposta do Esquadrão, em cruzamento de Rossi que Rodriguinho cabeceou alto.

Passada a pressão inicial imposta pelo Galo, a segunda metade dos primeiros 45 minutos de jogo foi de bastante estudo por parte das equipes. O Atlético-MG não conseguia passar pela ótima marcação do Bahia, que avançava bem as linhas para encurtar os espaços do Alvinegro de Belo Horizonte.

Antes do fim da etapa inicial, as equipes ainda conseguiram criar uma oportunidade de perigo cada. Aos 39, Nacho recebeu lançamento, invadiu a área e mandou uma bomba, que Danilo Fernandes operou um verdadeiro milagre. O Bahia respondeu aos 43, em cruzamento de Matheus Bahia, que Rodriguinho cabeceou novamente para fora.

Bahia se impõe

Diferente do primeiro tempo, o Tricolor começou a etapa final com mais disposição. Logo no minuto inicial, Rossi avançou pela direita e cruzou atrás para finalização de Matheus Bahia. No entanto, o zagueiro Nathan Silva se jogou na frente da bola e impediu o que seria o primeiro gol da partida.

A resposta do Galo veio em dose dupla e logo na sequência. Aos 2, Hulk arriscou de fora da área, a bola desviou no meio do caminho e foi na trave do goleiro Danilo Fernandes. Na cobrança de escanteio, a defesa tricolor afastou e Zaracho pegou o rebote, mas mandou para fora.

O jogo seguia a todo vapor. No minuto seguinte, o Bahia puxou contra-ataque em velocidade e só não saiu de cara com o goleiro Everson porque Guilherme Arana apareceu para afastar o perigo. Aos 7, o Atlético-MG chegou novamente, em cruzamento de Keno que tomou o caminho do gol e exigiu boa defesa de Danilo.

Mais ativo na segunda etapa, o Bahia chegou novamente aos 10, quando Gilberto tocou para Raí finalizar e exigir boa defesa de Everson. No entanto, o Tricolor encontrou o gol aos 16, quando Luiz Otávio subiu mais alto em cobrança de escanteio e mandou para o fundo das redes.

A empolgação tomou conta ainda mais da Fonte Nova aos 20 minutos do segundo tempo, quando Matheus Bahia cruzou rasteiro pela esquerda e Gilberto desviou sem chances para Everson, ampliando o placar para o Tricolor e animando os quase 30 mil torcedores presentes na Arena.

Virada relâmpago

Tudo se caminhava para um triunfo tricolor e o adiamento da festa do título do Atlético-MG. No entanto, a partida começou a ter contornos dramáticos aos 27, quando Sasha sofreu pênalti que Hulk bateu e diminuiu. Não deu nem tempo de comemorar direito. No minuto seguinte, Keno recebeu na entrada da área, puxou para dentro e bateu no ângulo, igualando o marcador.

O torcedor do Bahia ainda tentava digerir a situação que acontecia na Arena Fonte Nova, quando, aos 32, o Atlético-MG conseguiu puxar mais um contra-ataque. Keno recebeu novamente a bola na entrada da área e encontrou o cantinho da meta de Danilo Fernandes, que pulou mas não achou nada.

Naquele momento, o time do Bahia parecia não reunir mais forças para reagir depois do banho de água fria dentro de seus domínios. Nem as várias mudanças de Guto Ferreira foram o suficiente para fazer a equipe reagir após a virada atleticana em pouco mais de cinco minutos.

Antes do fim do duelo, Índio Ramirez, que entrou no lugar de Raí Nascimento, até teve uma oportunidade aos 47 minutos. Mas Mariano apareceu para se travar a finalização e garantir a festa do Galo.

BAHIA 2X3 ATLÉTICO-MG
35ª RODADA DO BRASILEIRÃO DA SÉRIE A

Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse e Alex Ang Ribeiro (ambos de SP)

Cartões Amarelos: Lucas Mugni e Patrick de Lucca (Bahia); Guilherme Arana, Eduardo Sasha e Nathan (Atlético-MG)

Gols: Luiz Otávio e Gilberto (Bahia); Hulk e Keno (duas vezes) (Atlético-MG)

Bahia - Danilo Fernandes; Nino Paraíba, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick, Mugni (Daniel) e Rodriguinho (Ronaldo César); Rossi, Raí (Índio Ramírez) e Gilberto (Rodallega). Técnico: Guto Ferreira.

Atlético-MG - Everson; Mariano, Nathan Silva, Alonso e Arana; Tchê Tchê, Zaracho (Igor Rabello) e Nacho (Eduardo Sasha); Vargas (Nathan), Keno (Dodô) e Hulk. Técnico: Cuca.

Fonte: A Tarde / Alex Torres

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