Na véspera do 7 de setembro, data comemorativa onde estão marcadas as manifestações de apoio ao governo Bolsonaro (sem partido), o presidente da República voltou a subir o tom contra as instituições, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF), durante visita a Caruaru (PE) na tarde deste sábado, 4.

Em um palanque montado para discursar ao grupo de apoiadores presentes, após uma motociata de cerca de 60km que saiu de Santa Cruz do Capibaribe, único município pernambucano onde venceu em 2018, Bolsonaro voltou a citar uma possível "ruptura" constitucional, algo que de acordo com ele "nem eu nem o povo deseja", e afirmou que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser "enquadrados" pela população após os atos.

"O STF não pode ser diferente do Poder Executivo ou Legislativo. Se tem alguém que ousa continuar agindo fora das quatro linhas da Constituição, o poder tem que chamar aquela pessoa e enquadrá-la. Se assim não ocorrer, qualquer um dos três Poderes, a tendência é acontecer uma ruptura", afirmou em clara alusão aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, a quem tem dirigido ataques nos últimos meses.

"Ruptura essa que eu não quero nem desejo. Tenho certeza, nem o povo brasileiro assim o quer. Mas a responsabilidade cabe a cada poder. Apelo a esse poder, que reveja a ação dessa pessoa que está prejudicando o destino do Brasil", discursou.

Bolsonaro disse ainda que os protestos, marcados para o feriado Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na avenida Paulista, em São Paulo, onde ele prometeu comparecer e discursar, mostrarão "a marca que seu povo deseja" para o restante do seu governo.

"Enquanto juristas ficam procurando quem é o poder moderador do Brasil, eu digo a todos eles: o poder moderador é o povo brasileiro", disse.

Fonte: A Tarde

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