A Bahia segue na lista dos estados que mais desmatam o que resta da vegetação típica da Mata Atlântica, e o ritmo de destruição segue acelerado em todo o país.

Apesar de se manter na dianteira ao lado do Paraná e Minas Gerais, a Bahia apresentou ligeira melhora no índice, com uma redução de 3.532 hectares desmatados entre 2018 e 2019, para 3.230 hectares período entre 2019 e 2020.

O número, contudo, ainda é alarmante, principalmente se considerar o aumento do volume de desflorestamento do bioma nos outros estados.

Em São Paulo e no Espírito Santo, o número saltou mais de 400%, enquanto o Rio de Janeiro e o Mato Grosso do Sul mais do que dobraram essa marca no último ano.

Ao todo, foram destruídos 13.053 hectares, o que equivale a 130 quilômetros quadrados. Em relação ao ano passado, o índice decresceu em 9%, mas não dá para dizer que está em queda, já que no ano anterior o crescimento foi de assustadores 30%, como explica Luís Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica.

“Mesmo que tenhamos uma diminuição de 9% do desmatamento em relação a 2018-2019, ali o aumento havia sido de 30%, então não podemos falar em tendência de queda”, afirma. “Além disso, no que se refere à Mata Atlântica, 13 mil hectares é muito, porque se trata de uma área onde qualquer perda impacta imensamente a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, como regulação do clima e disponibilidade e qualidade da água”, completa o diretor.

Segundo ele, o que mais preocupa é ver estados que tinham praticamente zerado esse índice, voltar a desmatar e mostrar "números expressivos" de destruição da Mata Atlântica.

Uma das soluções, de acordo com Luís Fernando, passa por maior investimento público na fiscalização dos crimes ambientais que provocam o desflorestamento da vegetação que impacta diretamente na biodiversidade.

Fonte: A Tarde

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