A Bahia registrou nesta quinta-feira, 27, 130 mortes por Covid-19, o maior número desde o dia 16 de abril, quando foram notificados 134 óbitos pela doença.

Também foi o terceiro dia seguido em que o registro de mortes ultrapassou a marca de 100 - isso não ocorria desde o dia 24 de abril. Dos 130 óbitos informados nesta quinta, apenas três ocorreram em abril e o restante ao longo do mês de maio.

Na quarta-feira, 26, o estado registrou 5.455 novos casos, a maior quantidade desde 10 de março, quando haviam sido notificados 5.499 novos casos. Nesta quinta, foram informados 4.099 novos casos da doença.

Nas últmas semanas, as autoridades baianas passaram a alertar para a possibilidade de uma terceira onda da Covid-19 no estado. Entre os dados que mais preocupam, estão, além do número de novos casos, a alta ocupação dos leitos de UTI e a busca maior por Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e gripários, portas de entrada para os pacientes com a doença no sistema público de saúde.

Devido às taxas de contaminação, o governador Rui Costa anunciou esta semana a suspensão do transporte intermunicipal durante o São João, incluindo os três dias anterioes e três posteriores à data, para evitar que as pessoas viajem no período.

“Alguns dias antes do São João, vamos proibir a colocação de horários extras e estipular a lotação máxima dos ônibus de 70%. Nos dias mais próximos ao São João, três dias antes e depois, nós vamos suspender totalmente o transporte. Então, funcionará dessa forma para não prejudicar quem precisa fazer uma viagem por necessidade de saúde ou de trabalho, sem estimular que as pessoas se locomovam com a intenção de se aglomerarem em festas e reuniões vinculadas ao período das festas juninas”, declarou o governador.

Em seu último boletim, o Observatório da Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou para uma possível alta nas mortes por Covid na próxima semana no país. A projeção é de até chegar a 2,2 mil óbitos pela doença por dia.

O relatório aponta que, entre 16 e 22 de maio, foram notificados aproximadamente 1,9 mil mortes diárias. A Fiocruz acrescenta, porém, que foi observada na última semana uma elevação na quantidade de casos, com uma média de 62 mil por dia no Brasil.

Segundo o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), dos 999.463 casos confirmados no estado desde o início da pandemia, 960.258 já são considerados recuperados, 18.349 são casos ativos e outros 20.856 resultaram em óbitos, o que representa uma letalidade de 2,09%.

Entre os mortos, 55,7% eram do sexo masculino e 44,3%, do feminino. Em relação à raça e cor, 54,82% dos óbitos foram de pessoas pardas, seguidas por brancas (22,04%), pretas (15,42%), amarelas (0,43%) e indígenas (0,13%) O critério racial não foi informado em 7,16% das mortes.

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