Com a saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciada na manhã deste domingo, 14, as movimentações em torno de um nome para ocupar a pasta já começam a acontecer. A mobilização de aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorre, principalmente, em resposta ao retorno do ex-presidente Lula a um possível tabuleiro eleitoral, ocorrido na semana passada, em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a coluna da jornalista Andréia Sadi, partidos do chamado “centrão” e integrantes do MDB no Senado defendem que políticos também sejam colocados em cargos de outros ministérios - além da Saúde. Atualmente, nomes escolhidos pelo próprio presidente e sem participação partidária ocupam essas vagas.

Para o caso da vaga deixada por Pazuello, o principal nome analisado pelos parlamentares em conversa com o Palácio do Planalto é o da médica Ludhmila Abrahão Hajjar. Segundo Sadi, até o momento, a cardiologista não recebeu nenhum convite por parte do Governo Federal e tem se dedicado a projetos acadêmicos. Ela aparece com apoio de partidos como DEM e PP, além de interlocução com ministros do STF.

Caso o nome de Hajjar se concretize no Ministério, parlamentares acreditam que o governo precisará fazer algumas mudanças de posicionamento no que diz respeito às políticas de enfrentamento da pandemia, uma vez que existem divergências de ideias entre a médica e as posturas adotadas por Bolsonaro ao longo dos meses.

Ludhmila Hajjar já se posicionou contrária a defesa do uso da cloroquina como tratamento precoce à Covid-19 e, inclusive, chegou a integrar a comissão que se reuniu com o presidente em 2020 para tratar do assunto, mas sem sucesso. Ela também já defendeu as medidas de intensificação do isolamento social, indo na contramão do atual chefe do executivo.

Fonte: A Tarde

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