Ontem a tarde os agentes da Vigilância Sanitária de Piritiba receberam uma denúncia de que um ônibus de turismo lotado de pessoas estava circulando no distrito de Porto Feliz, e que os passageiros queriam a todo custo descer para comprar comida e itens de necessidade básica.

Ao receberem a denúncia, os agentes se deslocaram imediatamente da sede do município, para o distrito e constataram a veracidade das informações. Ligaram então para a Polícia Militar, que rapidamente se deslocou até ao local onde o ônibus estava estacionado. A partir deste momento, realizaram a abordagem dos passageiros com todos os cuidados necessários.

O Blog Chapada Urgente conversou com um dos membros da equipe da Vigilância Sanitária que estava presente na ação, e ele relatou com detalhes o ocorrido. Confira abaixo:

“Olha Ricardo, este ônibus estava com 40 pessoas, vinha de Petrolina-PE com destino a algumas cidades de Minas Gerais-MG. O motorista juntamente com os passageiros que desceram do ônibus, nos relatou que não foi permitido a sua parada em Capim Grosso, foram escoltados e orientados a descer no sentido de Mairi, saíram em Baixa Grande e pararam aqui no Porto Feliz.

Muitos deles estavam alegando estar com muita fome e necessitando de coisas básicas. Angústia e medo, já que não conseguiram parar em nenhuma cidade. Por isso resolveram parar em Porto Feliz, em busca de alimentos.

Nós orientamos que todos ficassem dentro do ônibus e providenciamos as marmitas de um restaurante local, para que fossem distribuídas aos passageiros. Depois a Polícia Militar lhes orientou a voltar para Petrolina, já que o transporte intermunicipal de pessoas está proibido em nosso estado por decreto do governador Rui Costa.

Que cena horrível de se ver, temos que nos unir e lutar para enfrentar essa pandemia com todas as nossas forças.

A vontade que eu tive como ser humano era de oferecer ou providenciar um local para que aquelas pessoas pudessem se acomodar, mas essa doença é tão cruel e grave, que não pudemos fazer mais nada, já que existe o risco sério de contaminação comunitária, pois não tínhamos como saber se alguém entre eles estava contaminado pelo Covid-19. O vírus não tem cor, nem cara, nem religião.

Nenhuma das cidades os deixou entrar para proteger o seu povo, não podemos colocar as vidas em risco. E isso não é negar ajuda não, é que todo mundo está lutando para sobreviver, para se proteger da doença.

Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, e vamos seguir nas barreiras da Blitz da Saúde, sempre cuidando da saúde de cada piritibano.” 

A identidade do servidor foi preservada por opção do Blog Chapada Urgente.

Fonte: Blog Chapada Urgente











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