Quem recebe ou compartilha nas redes sociais pode não perceber que muitas notícias falsas, as fake news, nascem com o objetivo “comprovar” e conquistar adeptos para uma teoria inverídica, sem amparo com a realidade. Neste fim de semana, há uma clara tentativa em circulação nas redes para minimizar o tamanho e o impacto do coronavírus, com a construção da narrativa de que vários óbitos têm sido registrados como Covid-19 como forma de a pandemia parecer maior do que é, de fato. Não faz o menor sentido. Os dados divulgados são oficiais. Essa mentira espalhada indica que médicos estão adulterando atestados, o que seria um crime e implicaria em perder o registro profissional no Conselho Federal de Medicina.

Entre essas fake news em circulação pelas redes está uma, em especial, que se espalhou por grupos de WhatsApp e foi postado pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) sobre um porteiro que teria morrido em um acidente, porém a causa oficial foi atribuída à Covid-19. Junto com a notícia falsa consta um atestado de óbito falso, em que o CPF da suposta vítima não corresponde ao do nome informado. Em algumas postagens, a pessoa aparece como porteiro, borracheiro e caminhoneiro. Vários perfis postaram o mesmo conteúdo de indignação sobre o suposto caso falso.
O Twitter tem uma política clara de derrubar posts mentirosos sobre a Covid-19, tanto que tirou do ar recentemente uma publicação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que postou como se fosse atual uma mensagem do médico Drauzio Varella de janeiro, quando a epidemia de coronavírus se concentrava na China e em alguns países vizinhos.

VEJA contatou o Twitter para saber se a conta da deputada Bia Kicis foi denunciada e qual medida será adotada. Até o fechamento desta reportagem, não houve resposta da empresa. Já Bia Kicis leu o pedido de entrevista de VEJA, mas não retornou às mensagens nem atendeu a ligação.

Fonte: Veja

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