Um jovem de 16 anos usando uma máscara de caveira invadiu nesta quinta-feira a Escola Básica Professora Maria Dutra Gomes, em Itajaí, litoral de Santa Catarina, e disparou vários rojões na quadra esportiva do local, assustando alunos de 6 a 14 anos, além de pais e funcionários.

Um dos pais dos alunos pulou o muro da escola ao ouvir os gritos das crianças e desferiu um golpe com uma cadeira contra o rapaz. O adolescente foi imobilizado e detido antes da polícia chegar ao local.

Sangrando e imobilizado no chão, ele foi levado pela polícia para atendimento médico e deve ser encaminhado para a Delegacia Central de Plantão Policial da cidade. O rapaz não chegou a entrar em salas de aula e, além dele, ninguém ficou ferido.

Nascido em 2003, o menor não é aluno da escola e mora em Balneário Camboriú, a cerca de 14 km de Itajaí. O diretor da unidade de ensino, Paulo Sérgio Cabral, conta que as crianças começaram a correr em pânico, temendo que os rojões fossem tiros.

— Todos ficamos assustados, ouvimos os estouros, as crianças correndo e lembramos de Suzano — relata, em referência ao ataque à Escola Estadual Raul Brasil ocorrido em março deste ano.

Cabral conta que o adolescente não parecia alterado.

— Ele parecia calma e tranquilo, mas não nos respondia chamando-o, o que acaba assustando até mais — contou ao GLOBO.

O invasor não compartilhou os motivos que o levaram a disparar os rojões dentro da escola.

O diretor descarta a hipótese de que o adolescente estivesse fazendo algum tipo de brincadeira imprópria de Dia das Bruxas, comemorado hoje no país.

— O único momento em que ele riu foi quando insistimos que jogasse a mochila dele para nós e ele disse ‘toma, pode pegar’, rindo — conta Cabral.

Os funcionários da escola temiam que na mochila houvesse algum tipo de armamento. Estava vazia, conta o diretor.

A escola atende alunos do primeiro ao nono ano do ensino fundamental e decidiu manter as atividades regulares no dia de hoje. A Guarda Municipal, que faz rondas nos horários de entrada e saída dos alunos, deve permanecer em frente à escola por todo o dia, garantindo a segurança das crianças.

Fonte: O Globo - Suzana Correa

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