Na próxima terça-feira (10), a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara (CCSF) realiza um seminário para discutir os avanços no tratamento da endometriose. A doença é uma afecção inflamatória provocada por células do endométrio que, em vez de serem expelidas, seguem no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, se multiplicam e a sangram. O seminário foi solicitado pelo deputado Alexandre Roso (PSB-RS). O encontr acontece a partir das 14h, no plenário 07 doa anexo II da Câmara dos Deputados.
Para o presidente da CSSF, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), a iniciativa da Comissão contempla uma agenda voltada para temas ligados à mulher iniciada em março. Para Amauri, essas discussões beneficiam toda a sociedade. “Estamos avançando nas questões tanto da legislação como da saúde da mulher. A bancada feminina enviou os projetos que devem ser apreciados com temas como violência contra a mulher, saúde e previdência”, destaca o deputado.
Confira a programação do seminário:
14h-Abertura
15h- A Endometriose como doença de Grande Impacto Social e os Avanços no Brasil, com Dr. Maurício Abrão – Presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose
15h30- Tratamento da Endometriose dentro do Sistema Único de Saúde, com Paulo Ayroza Ribeiro – Chefe do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de São Paulo
16h- Diagnóstico e Tratamento da Endometriose, com Dr. Alysson Zanatta, Doutor em Medicina pela Faculdade de São Paulo / SP
16h30- Aspectos Gerais das dificuldades no diagnóstico e tratamentos das portadoras de endometriose, com Caroline Salazar
17h- Encerramento
Mais informações sobre a doença
O endométrio é uma mucosa que reveste a parede interna do útero, sensível às alterações do ciclo menstrual, e onde o óvulo depois de fertilizado se implanta. Se não houve fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante a menstruação. O que sobra volta a crescer e o processo todo se repete a cada ciclo.
Sintomas
A doença pode ser assintomática. Mas alguns sintomas merecem destaque, como a cólica menstrual que, com a evolução da doença, aumenta de intensidade e pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;dor durante as relações sexuais; dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação; infertilidade.
Diagnóstico
O exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado por exames laboratoriais e de imagem (laparoscopia, ultra-som endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125).O diagnóstico definitivo depende da realização da biópsia.
Tratamento
A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos.
Mulheres mais jovens podem usar medicamentos que suspendem a menstruação: a pílula anticoncepcional tomada sem intervalos e os análogos do GnRH. O inconveniente é que estes últimos podem provocar efeitos colaterais adversos. Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e útero.
Pedro Calvi / Assessoria CSSF
Fonte: Dr. Drauzio Varela


