O deputado federal Amauri Teixeira (PT/BA) visitou na manhã desta quarta-feira (12/02) o acampamento do 6º Congresso Nacional do MST, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Junto com outros parlamentares Amauri foi manifestar apoio às bandeiras e a pauta que o Congresso está discutindo, a chamada reforma agrária popular.
Amauri defendeu mudança na estrutura fundiária do País. “Enquanto tivermos uma estrutura fundiária onde ainda predomina a monocultura e o uso intensivo de agrotóxicos, em detrimento da pequena propriedade e, muitas vezes, da produção de alimentação para a própria mesa dos trabalhadores, continuaremos com a exclusão dos trabalhadores rurais”, ressaltou.
O evento
O 6º Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que acontece até sexta-feira (14), em Brasília, reúne cerca de 15 mil pessoas com delegações de 25 estados e de países latino americanos. Para o representante da Coordenação Nacional do MST João Pedro Stédile, que recepcionou os parlamentares no café da manhã, a luta pela reforma agrária é uma luta de toda a sociedade, não apenas das pessoas que vivem no campo.
Ele explicou que o modelo do agronegócio, dentro do atual estágio de desenvolvimento do capitalismo no campo em nível global, é responsável por direcionar o uso majoritário das terras cultiváveis no país para a produção de commodities (bens agrícolas exportáveis, com cotação nas bolsas de valores), mas que o MST não quer reproduzir esse modelo.
O MST defende que se desenvolvam técnicas de produção no sentido da transição agroecológica, que incorpore a mão-de-obra camponesa com capacidade para produzir sem agrotóxicos.
Outros pilares do novo programa são a incorporação da proteção às sementes e à natureza em geral, com um amplo programa de reflorestamento em áreas de assentamentos; a criação de agroindústrias controladas por trabalhadores cooperados, garantindo também aumento de renda através da comercialização de produtos beneficiados.
Segundo ele, é necessário lutar por avanços sociais como o direito à educação no campo, construção de infraestruturas sociais, atenção de saúde e outros avanços que melhorem a vida das famílias camponesas.
*com informações de www.vermelho.org.br