A Justiça decidiu manter a prisão de José Rainha e Luciano de Lima, na cidade de Mirante do Paranapanema. Ambos são líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), organização social e política que defende a reforma agrária. Eles foram presos pela Polícia Civil de São Paulo prendeu no sábado, 4, acusados de extorquir fazendeiros da região.

Policiais também apreenderam armas supostamente usadas em conflitos agrários, sendo 2 fuzis calibre 556 e duas espingardas calibre 12 e calibre 357.

“As prisões preventivas têm como objetivo a interrupção do ciclo delitivo e promoção de prevenção geral e paz no campo. É importante ressaltar que em nada se confundem com os atos decorrentes do Carnaval de 2023, quando um grupo invadiu nove propriedades rurais, mas sim visa a apuração do ciclo de violência decorrentes de extorsões e dos disparos de arma de fogo, incluindo fuzil, o que colocou em risco número indeterminado de pessoas”, aponta comunicado da PC-SP.

A FNL, por meio de nota, disse que as prisões têm cunho político. 

“Essa prisão de cunho político, tem nítida relação com a jornada de ocupações do Carnaval Vermelho, sendo um ato de retaliação aos lutadores do povo sem terra. A FNL ganhou força nos últimos anos ao realizar jornadas de luta no carnaval. O objetivo do Carnaval Vermelho é trazer para a discussão à contradição de sermos um dos países que mais produz alimentos no mundo, porém temos mais de 125 milhões de brasileiros com alguma insegurança alimentar, sendo 58% dos brasileiros e brasileiras, e o mais grave, são mais de 33 milhões com insegurança alimentar severa”, argumenta a entidade em nota.

Tanto Rainha quanto Lima foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá (SP). Ao g1, os advogados de defesa dos líderes da FNL, Rodrigo Chizolini e Raul Marcelo, informaram que irão entrar com recurso e trabalhar pela soltura dos presos.

Fonte: A Tarde

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