A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) elegeu nesta segunda-feira, 01, a nova Mesa Diretora da Casa para o biênio 2021-2022. O deputado Adolfo Menezes (PSD) foi eleito o novo presidente da Casa, ao vencer o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), que propôs uma candidatura de última hora. Adolfo computou 60 votos contra 1 do psolista.

“Antes de agradecer a generosidade e a confiança do conjunto dos deputados estaduais da Bahia, neste primeiro pronunciamento como presidente da Assembleia Legislativa de nossa terra, rogo a Deus que ilumine meus passos diante da responsabilidade que estou assumindo perante meus pares e aos baianos.”, disse Menezes.

A eleição do Adolfo sela um acordo costurado ainda em 2018, que contou com a chancela do governador Rui Costa (PT). O período pré-eleitoral foi tenso, marcado por movimentações do Partido Progressista (PP) para manter o controle da Assembleia e de seu orçamento de R$ 700 milhões por ano.

A celeuma só foi resolvida após o governador Rui Costa (PT) e o senador Jaques Wagner (PT) entrarem no jogo para assegurar ao PSD o comando da Casa.

Menezes agradeceu ao governador Rui Costa (PT) e aliados da base governista, que apoiaram seu nome à presidência da Casa.

“Quero agradecer ao governador Rui Costa, agradecer o apoio que recebi de toda base governista para minha indicação para a presidência da Casa.”, afirmou. “Sou grato ao senador Jaques Wagner, ao senador Otto Alencar e ao senador Coronel. Minha saudação ao ex-prefeito ACM Neto e ao prefeito Bruno Reis.”

O deputado estadual prometeu atuar dentro da legalidade e com transparência.

“Assumo, portanto, neste instante, a chefia do legislativo da Bahia com o compromisso de agir com transparência e democracia – sem me afastar um milímetro que seja dos ditames da nossa constituição e do regimento interno.”, ressaltou o novo presidente da Assembleia.

Candidato derrotado, Hilton Coelho (PSOL) deixou claro que colocou seu nome à disposição dos colegas para discutir propostas inovadoras, como orçamento participativo deliberativo, uma discussão aberta do orçamento da Casa, com servidores e com a sociedade civil.

Antes de passar o bastão, o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal (PP), fez um discurso emocionado, onde agradeceu aos servidores da casa, aos familiares, e desejou boa sorte para o novo gestor da Casa.

“A gratidão, portanto, é o combustível da vitalidade e do otimismo que me traz aqui: não para a despedida, mas para dizer que esta Casa tem um novo presidente à altura das suas tradições de altivez, dignidade e independência. Ser sucedido na presidência da Assembleia Legislativa é sinal de que a democracia foi mais uma vez revigorada. Tenho o orgulho, caro Adolfo, de passar o comando desta casa a você, que sei que vai semear e adubar essa nossa democracia, livrando-o de qualquer ameaça totalitária ou de arbítrio”, destacou Leal.

O novo comandante da Assembleia terá como seu primeiro vice-presidente o deputado estadual Paulo Rangel (PT). Os deputados Bobô (PSB), Marcelinho Veiga (PSB), Paulo Câmara (PSDB) Junior Muniz (PP), Neusa Cadore (PT), Alan Sanches (DEM) e Soldado Prisco (PSC) irão compor a Mesa Diretora da Casa no biênio 2021-2022.

“Obviamente que o grupo sai mais forte, muito embora seja um grupo muito forte. Eu tenho cinco mandatos na ALBA, e já abri mão inclusive de ser candidatos, prazer imenso ser escolhido para vice-presidência”, destacou Rangel.

Discórdia

O único ponto de discórdia foi a vaga da segunda vice-presidência da Mesa. O deputado Marcelinho Veiga (PSB) foi escolhido oficialmente pelo bloco PSB-Avante-PL para preencher a vaga, mas sua correligionária, Fabíola Mansur (PSB), propôs uma candidatura alternativa, criando uma cisão no bloco

“O regimento não fala de candidaturas oficiais ou extraoficiais, eu tive e tenho a legitimidade de disputar (…). Isso não é briga pessoal. Isso é uma legítima decisão de participar, de bater chapa para disputar uma vaga”, explicou a deputada Mansur.

A decisão foi a plenário e Veiga se saiu melhor, com 36 votos, conseguindo vencer o pleito, enquanto Fabíola Mansur computou 25 votos.

O deputado estadual Alex Lima (PSB) afirmou que tentou encontrar um consenso com o bloco antes da votação ir a plenário e expor um racha entre as siglas.

“Nós tentamos encontrar uma saída porque mesmo sendo democrático o debate, eu achava que era importante que a gente mantivesse uma posição de forma mais coesa, mas isso não foi possível.”, disse.

Oposição

A oposição na Casa teve três vagas na nova Mesa Diretora. Eleito segundo secretário, o deputado Alan Sanches (DEM) disse que a expectativa é “a melhor possível” para o biênio 2021-2022.

“Pra mim é motivo de orgulho, fui líder de alguns partidos aqui inclusive recentemente do Democratas, presidente da comissão, e achava que era o momento de poder contribuir, e graças a Deus tive essa votação e agora é trabalhar para representar não só o bloco mas toda a casa. A expectativa é a melhor possível, a mesa foi bem renovada, quando a gente tem uma renovação é salutar importante para a casa e o estado da Bahia”, afirmou.

CONFIRA TODOS OS NOMES DA NOVA MESA DIRETORA DA ALBA:

Presidência: Adolfo Menezes (PSD)

1ª Vice-Presidência: Paulo Rangel (PT)

2ª Vice-Presidência: Marcelinho Veiga (PSB) 

3ª Vice-Presidência: Bobô (PCdoB)

4ª Vice-Presidência: Paulo Câmara (PSDB)

1ª Secretaria: Júnior Muniz (PP)

2ª Secretaria: Alan Sanches (DEM)

3ª Secretaria: Soldado Prisco (PSC) 

4ª Secretaria: Neusa Cadore (PT)


Por Raul Aguillar e Cássio Santana

Fonte: A Tarde

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