O estado de São Paulo registrou 324 novas mortes por coronavírus em 24 horas, o maior número diário desde o início da pandemia. Com os novos registros, o estado ultrapassou 5 mil mortes por Covid-19 nesta terça-feira (19), segundo a Secretaria Estadual da Saúde. O aumento é de 7% em relação ao dia anterior.

No total, já são 65.995 casos confirmados da doença no estado, sendo 2.929 novos registros nas últimas 24 horas. O valor representa aumento de 5% em relação ao dia anterior.

Entre as vítimas fatais até esta terça-feira, 3.040 são homens e 2.107 mulheres, de acordo com o boletim diário do governo de São Paulo.

O número de registros diários costuma ser maior em dias do meio da semana, uma vez que os municípios trabalham com equipes reduzidas aos finais de semana e feriado, o que atrasa as notificações no sistema.

No entanto, o maior pico antes alcançado em 24 horas no estado foi de 224 novas mortes, no dia 28 de abril. Embora a média tenha se aproximado dos 200 em vários dias seguintes, o valor diário nunca havia ultrapassado a casa dos 300.

No sábado (16), o estado de São Paulo passou a China em número de mortos. Se fosse um país, o estado seria o 13º com mais mortes, à frente da Turquia, Suécia e Índia.

Total de mortes: 5.147
Novas mortes em 24 horas: 324 (+7%)
Total de casos: 65.995
Novos casos em 24 horas: 2.929 (+5%)

"Nós [Brasil] ultrapassamos o Reino Unido [em número de casos]. Hoje nós somos o terceiro [no mundo] em número de casos e o sexto em número de mortes. Estamos disputando agora o segundo lugar com a Rússia. Estamos perdendo essa batalha contra o vírus, essa é a realidade. O vírus neste momento está vencendo a guerra", afirmou o coordenador do Centro de Contingência do estado, Dimas Covas.

Para tentar aumentar o isolamento social e conter o avanço da doença, a Prefeitura de São Paulo antecipou feriados municipais para criar um "feriadão" nesta semana. O governo do estado também tenta antecipar o feriado de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25) para ampliar ainda mais o período.

"Os dias que se seguem, na minha visão, não são feriados, são dias de luta, dias de batalha intensa contra o vírus. A população tem papel fundamental nessa batalha. Se ela demonstrar que é possível que os índices de isolamento aumentem a valores próximos de 60%, ela estará demonstrando que nós podemos reverter essa luta. Nós estamos perdendo, nós podemos passar a um equilíbrio e eventualmente nós podemos começar a vencer", afirmou Dimas Covas.

Segundo o coordenador, os números mostram que a epidemia ainda está em curva de crescimento no estado e no Brasil.

Leitos de UTI

Segundo o governo estadual, há nesta terça-feira (19) 9,5 mil pacientes internados na rede hospitalar do estado com confirmação ou suspeita de Covid-19. São 3.659 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 5.902 em leitos de enfermaria.

A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 71,4% no estado e 88% na Grande São Paulo. Na cidade de Sã Paulo, no entanto, alguns hospitais já atingiram a capacidade máxima.

O número de cidades do estado com registros da doença mais que dobrou no último mês. Em 18 de abril, havia um ou mais casos em 225 cidades do estado e 90 municípios registravam pelo menos uma morte. Hoje, são 479 e 219, respectivamente.

Mais de mil pessoas morreram em decorrência do coronavírus na última semana no estado de São Paulo. No domingo (17), o total era de 4.782 óbitos, contra 3.709 no último domingo (10). Neste sábado (16), São Paulo havia superado o número de mortos da China.

São Paulo já tem mais casos do que o México, Bélgica, China e Arábia Saudita. O Brasil ocupa a quarta posição do mundo em número de casos. Deve superar o Reino Unido entre esta segunda-feira (18) e terça-feira (19) e ir para o segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos. Em relação a mortes é o sexto país no ranking.

Fonte: G1

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