Uma das iniciativas selecionadas no Edital de Inovação para a Indústria usa raios ultravioletas para evitar propagação do vírus no transporte público

Lançado em março pelo SENAI, o Edital de Inovação para a Indústria já selecionou 15 projetos na busca de soluções, de aplicação imediata, que ajudem a prevenir, diagnosticar e tratar a covid-19 no país. Na primeira chamada, foram escolhidos seis projetos. Este mês, na segunda etapa, mais nove iniciativas receberam aportes para conter a pandemia. Ao todo, R$ 30 milhões serão investidos pelo SENAI, pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

O empresário Felipe Almeida desenvolve um projeto que pode evitar a disseminação do vírus no transporte público a partir do uso de raios ultravioletas. A ideia, segundo ele, é oferecer um sistema móvel de desinfecção com tecnologia UV-C para esterilizar ambientes em que há aglomeração em ônibus ou trens, por exemplo.

“A maior vantagem desse sistema é que dispensa o uso de produtos químicos. Além disso, a limpeza é feita de forma muito mais rápida e eficiente, esterilizando cada ponto do espaço, incluindo os locais onde as pessoas pegam, como as cadeiras e o chão”, detalha.

“O edital, para a gente, foi essencial para viabilizar esse projeto. De outra forma, sem o apoio da equipe do SENAI, a gente teria dificuldade de desenvolver esse produto, fazer a parte de detalhamento, documentação, aprovação dos órgãos competentes e colocá-lo no mercado”, completa Almeida.
Outro projeto que vai receber apoio do SENAI é um monitor de capnografia autônomo e de baixo custo para monitorar pacientes com covid-19. O equipamento mede o gás carbônico liberado pela respiração do paciente, podendo detectar quando os pulmões têm dificuldade para fazer as trocas gasosas. 

O gerente-executivo de Inovação do SENAI, Marcelo Prim, salienta que essas e outras iniciativas fazem parte de um esforço conjunto do setor industrial para reduzir os impactos do desabastecimento e da falta de insumos na saúde pública. 

“Estamos trabalhando na linha de diagnóstico e testes rápidos. A gente sabe que 80% dos pacientes têm sintomas leves ou são assintomáticos. E a gente sabe que 4/5 da transmissão é feita por pessoas assintomáticas. Então, é preciso ter esse diagnóstico rápido pra gente ter controle da doença”, ressalta.

Para suprir a demanda por máscaras, aventais e outros equipamentos de proteção individual (EPIs), a empresa JGB foi escolhida ao propor a produção em escala industrial desses itens descartáveis a partir de TNT, por exemplo. Já a Diklatex Industrial Têxtil, também selecionada pelo SENAI, fabrica insumos hospitalares de tecido com proteção antiviral, que podem ser reutilizados. 

Segundo o SENAI, ainda restam R$ 11 milhões a serem investidos. Para participar do edital de inovação, as proposições podem ser realizadas por meio do Whatsapp, no número (61) 99628-7337 ou pelo e-mail combatecovid19@senaicni.com.br.
Fonte: Agência do Rádio

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