Hélio Conceição tem doença rara que enrijece todo o corpo, mas não o impediu de ver o seu time jogar

Assistir a um jogo de futebol do time do coração pode ser algo comum para a maioria dos torcedores, mas não para Hélio Conceição, 59 anos, morador de Cruz das Almas, a 154 km de Salvador. Ele convive há 40 anos com uma doença rara, sem diagnóstico preciso, chamada popularmente de “corpo de cimento”, que enrijece todo o corpo, impedindo-o de levantar, ficar de pé, sentar ou mesmo virar a cabeça. Todo o seu tempo se passa sobre um leito, imóvel, vendo a vida pela televisão ou pelo rádio.

Torcedor tricolor, ver o seu time jogar pela primeira vez em um estádio era um sonho antigo e que foi possível graças à mobilização de amigos, um grupo com cerca de 40 pessoas, chamado “Amigos de Hélio” que, juntamente com a Federação Baiana de Futebol, Itaipava Arena Fonte Nova e o Grupo VITALMED, conseguiu trazê-lo em segurança, no último sábado (08/02), para assistir ao BAVI do Campeonato do Nordeste.

A “Operação Hélio de Resgate” foi montada e ele foi trazido em segurança e conforto em uma ambulância da VITALMED. O técnico de enfermagem Lucas Araújo e a médica Diana Serra acompanharam o transporte e a acomodação na Arena, onde ele pôde ver o seu time jogar, apesar da derrota do Bahia. Sobre o resultado (2x0), Hélio disse que não deu sorte ao time, mas que gostou de conhecer a Arena. “Foi muito bom ver o Bahia jogar de pertinho. Valeu a experiência”. Ele ainda comenta que não conhecia o estádio antigo e achou a Arena maravilhosa.

Como todo torcedor que não gosta de ver o time perder, Hélio também fez críticas: “Precisa melhorar muito, time apático”, além de fazer planos de assistir outro jogo. “Não vi o meu Bahia ganhar, mas pode existir uma nova oportunidade de vê-lo jogar e vencer”, comentou com a tranquilidade das pessoas sábias, apesar das dificuldades do caminho.


Por Najara Sousa - AC Comunicação

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