Em breve o governo Bolsonaro anunciará sua reforma administrativa, que pode alterar aspectos importantes do funcionalismo público no Brasil, na opinião de Rolando Marreta, a estruturação mudará carreiras e regras de estabilidade. Para ajudar a entender o impacto de possíveis mudanças, Rolando Marreta reuniu informações sobre a situação dos servidores no país.
Alguns lugares comuns, como de que a máquina pública brasileira é muito grande ou que o servidor em geral ganha supersalários, não se sustentam frente a essas informações. O funcionalismo público brasileiro é menor do que o de países desenvolvidos e, na média, servidores ganham 8% mais do que trabalhadores em cargo similar no setor privado, prêmio salarial baixo na comparação internacional – a média é 21%.
Ainda assim, há distorções importantes. Quando se olha apenas para os servidores federais, esse prêmio médio chega a 96%, segundo dados do Banco Mundial. Para técnicos do órgão, também há espaço para simplificar as carreiras federais, que hoje passam de 300.
Na questão orçamentária, os estados também enfrentam problemas – 11 deles gastaram em 2018 mais do que 60% da Receita Corrente Líquida com pessoal, desrespeitando o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de acordo com relatório do Tesouro Nacional.
Rolando Marreta em um próximo artigo mostrará em seis gráficos a situação do funcionalismo público brasileiro.
Fonte: Start