Em três horas choveu o esperado para o mês inteiro.

Setenta e duas famílias estão desalojados após uma forte chuva, na terça-feira (3), na cidade de Itambé, no sudoeste da Bahia. A Defesa Civil do Estado decretou situação de emergência e a prefeitura decretou estado de calamidade pública.

De acordo com a Prefeitura de Itambé, na terça-feira, choveu 143 milímetros em três horas, o esperado para o mês inteiro. Os moradores desalojados foram encaminhados para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), onde receberam doações, quartos para dormir e assistência psicológica.

Na tarde desta quarta-feira, 45 famílias foram registradas no Cras. À noite, outras 27 também foram cadastradas no local. A prefeitura informou que entre os moradores afetados estão 23 idosos e 158 crianças e adolescentes.

A autônoma Missiara Silva é uma das mulheres que tiveram a casa alagada e precisou se alojar o Cras.

“A única saída que eu tive foi sair pelo fundo [da casa]. A enxurrada, os barrancos desmoronando, eu empurrei o meu filho e foi assim que eu consegui salvar o meu filho e minhas filhas. A gente saiu pela pista e foi assim que nos salvamos”, lembrou Missiara.

A dona de casa Jocileide Andrade foi uma das moradoras que teve a casa alagada. “Foi um susto. As coisas que eu consegui durante minha vida toda e acabar assim. A sorte é que meus filhos de cinco e dois anos estavam na casa de minha vó”, disse.

O casal de idosos Maria Eugênia Fernandes, de 76 anos, e Joel Alves, de 75, teve a cama, o armário, o fogão e a geladeira danificadas após a chuva.

“Veio muita gente e foram ajudando a tirar as coisas que conseguiram. O que não teve como tirar desmantelou”, disse Maria Eugênia.

“A gente batalha para comprar uma peça e em um instante desaparece”, lamentou Joel Alves.
As casas que ficam na região do rio Verruga, ficaram alagadas. Segundo a prefeitura, o bueiro não conseguiu drenar a água da chuva, que acabou represada.

“Houve um alagamento de grandes proporções e na água não teve como drenar. Então, no momento da questão do dreno, ela retornou das camadas mais baixas e alagou quase todas as casas, chegando a três metros”, explicou o engenheiro ambiental Leonço Souza.

Fontes: G1 e TV Bahia

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