Em 2019, a cidade já notificou 31 casos suspeitos de dengue, sete de chikungunya e um de zika. Desde 2016, está em situação de risco de surto das três doenças.

Febre, dos nos olhos, articulações e por todo o corpo. A auxiliar de enfermagem Elineuza Oliveira, de 43 anos, moradora do bairro Tanques da Nação sentiu na pele todos os sintomas causados pela dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Ela conta que foi infectada pela doença em 2015, e assim que sentiu os sintomas, buscou a unidade em que trabalha, a Maria Marlene, para diagnóstico e tratamento. Desde então, Elineuza toma cuidados para não permitir criadouros do mosquito em casa.

“As caixas d’água ficam tampadas, elas têm um fecho. E não deixamos vasilhas abertas no quintal, as plantas sempre com terra embaixo [nos pratos]", contou a auxiliar de enfermagem.
Em 2019, Mairi já notificou 31 casos suspeitos de dengue, sete de chikungunya e um de zika. Desde 2016, a cidade está em situação de risco de surto das três doenças segundo o Levantamento Rápido de Infestação pelo Aedes aegytpi, o LIRAa. 

E a situação da Bahia preocupa as autoridades de saúde. Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, neste ano, o estado registrou um aumento de quase 670% nos casos prováveis de dengue, em comparação com 2018. De janeiro a agosto, foram 58,9 mil casos. Ao todo, 19 mortes em decorrência da doença estão em investigação.

Já número de casos prováveis de chikungunya aumentou 55% em 2019, em comparação a 2018. Até o momento, foram registrados 5,2 mil casos. Cinco pessoas morreram em decorrência da doença neste ano. E os números de zika no estado também subiram em um ano. Foram 1.066 casos prováveis, em 2019, contra 674 registrados em 2018. 

Emmanuelle Oliveira é coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Mairi. Ela explica que o município tem 14 agentes de endemias que fazem as visitas as residências na cidade. Segundo a coordenadora, a região do Centro de Mairi é a que mais preocupa as autoridades. Emmanuelle explica que em algumas situações, a população armazena água de maneira incorreta, facilitando os criadouros do mosquito. A gestora orienta a população a cuidar da própria casa e, sempre que possível, passar as orientações adiante.

“Temos sempre que alertar o vizinho para tampar caixa d’água, para recolher o entulho do quintal, não deixar vasilhames que possam acumular água. Contamos com a colaboração da população. Não adianta eu deixar o meu quintal limpo e eu ter um vizinho que não colabora”, destacou Emmanuelle.

Lembre-se de que você é responsável pela sua casa, portanto fiscalize possíveis criadouros como ralos, pneus, garrafas, vasos de flores e caixas d’água. 

Para mais informações, acesse: 
saude.gov.br/combateaedes

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