Equipes de Vigilância Patrimonial contratados pela Veracel, empresa produtora de celulose da região sul da Bahia, foram atacados por homens armados com foice e pedaços de madeira, na zona rural de Eunápolis (distante 526 km de Salvador) na manhã desta terça-feira, 2.

Por meio de nota, a Veracel informou que três vigilantes ficaram feridos e seis carros foram incendiados. Os funcionários foram encaminhados para o Hospital Regional, em Eunápolis, onde receberam atendimento e posteriormente liberados. O estado de saúde deles é considerado estável  (confira nota na íntegra abaixo).

Além disso, outras três pessoas da empresa prestadora de serviços 'Plantar', também contratada pela Veracel, foram mantidas sob cárcere privado, ameaçadas de morte e forçados a executar trabalhos de interesse do grupo durante a manhã, sendo liberadas à tarde.

Segundo a empresa produtora de celulose, os trabalhos na região foram suspensos até a Justiça resolver a situação dos moradores, para garantir a segurança dos colaboradores e funcionários.

A Veracel reivindica na justiça, uma área invadida pelos sem-terra. Inconformados os agricultores vivem em clima de tensão com a empresa. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, a reintegração do espaço havia sido concedida pela justiça no último dia 27, com o acompanhamento de funcionários da empresa.


LEIA ÍNTEGRA DA NOTA DA VERACEL

Nesta terça, dia 02 de julho, por volta das 10h, vigilantes da empresa de segurança GPS, contratada pela Veracel, foram vítimas de agressão de forma violenta por um grupo que invadiu as fazendas Sítio Esperança e Mutum, de propriedade da Veracel. Três vigilantes foram feridos pelos invasores, que também depredaram e atearam fogo em seis veículos da GPS. Outras três pessoas da empresa prestadora de serviços Plantar, também contratada pela Veracel, foram mantidas sob cárcere privado, ameaçadas de morte e forçados a executar trabalhos de interesse do grupo durante a manhã, sendo liberadas à tarde.

A Veracel esclarece que os colaboradores da GPS não utilizam armas e nem reagiram às agressões. Os invasores da área não se declaram associados a nenhum movimento social.

Os vigilantes feridos foram encaminhados para o Hospital Regional, em Eunápolis, onde receberam atendimento e posteriormente liberados. O estado de saúde deles é considerado estável. A empresa GPS também dará apoio psicológico aos profissionais.

Mesmo tendo a legítima posse da terra e licenciamento ambiental, a Veracel decidiu interromper as atividades na área para garantir a integridade de seus colaboradores próprios e parceiros até que haja uma solução por parte das autoridades. As operações da empresa continuam normalmente em outros locais.

A Veracel está colaborando com as autoridades policiais para esclarecer as circunstâncias do ataque, entendendo que nenhuma alegação justifica a violência.

Fonte: A Tarde - Daniel Genonadio*

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