Em 27 horas, o Corpo de Bombeiros registrou 665 ocorrências para quedas de árvores na cidade de São Paulo e Região Metropolitana.

O número corresponde a quantidade de endereços em atendimento. De acordo com o capitão Marcos Palumbo, o índice é recorde. "Eu nunca vi isso, e estou há 16 anos na corporação", compara.

Em média, nos dias de chuvas e ventos intensos, a corporação contabiliza 200 ocorrências.

A explicação, afirma o capitão, é técnica e bastante simples: muita água, pouco espaço. A chuva constante provoca o encharcamento do solo. As árvores absorvem essa água, que gera um peso 40% maior na estrutura, altera seu centro de gravidade, resultando na queda.

Em grandes espaços como parques, onde a vegetação não teve sua área limitada pelo concreto, a natureza se reacomoda.

"Absorveu muita água, com o vento, ela fisicamente não consegue suportar, pois há uma mudança no centro de gravidade. Já temos uma cidade que é quase impermeabilizada e quando tem árvore, ainda é colocada em um espaço pequeno", analisa o capitão.

As ocorrências são atendidas em ordem de prioridade, quando há perigo iminente sobre uma casa, edificação e fiação elétrica.

Palumbo afirma que a corporação passará a noite em função de tais demandas. "Essas ocorrências demandam duas, três horas de atendimento. São trabalhos dificílimos. Muitos bombeiros já se machucaram várias vezes".
Em nota, a A Prefeitura de São Paulo afirma que choveu 34,3 mm nesta terça-feira (26), o que representa 16% da média do mês (210,1 mm).

"Até esta segunda (25), já tinha chovido neste mês de fevereiro 332,7 mm, 58,4% acima da média. Rajadas de vento atingiram 88 km/h na tarde desta terça-feira no Campo de Marte. Em Congonhas, 85 km/h. Todas as 42 equipes da Defesa Civil estão nas ruas para atender a 400 ocorrências de quedas de árvores desde a meia noite até o fim da tarde de hoje, além das 100 equipes das Subprefeituras."

Fonte: G1

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