A Polícia Federal apreendeu R$ 850.630 mil em espécie durante a Operação Offerus, na manhã desta terça-feira (21). A quantia foi encontrada na casa de um empresário do ramo de móveis, que atua em Salvador.

Um mandado de prisão foi cumprido na capital baiana, mas a PF não detalhou quem foi o alvo. Os prefeitos Manoel Afonso, de Pilão Arcado, e Marcelo Brandão, de Ipirá, foram afastados do cargo por 10 dias, após pedido da Polícia Federal.

Ainda na ação, foram apreendidos 2 carros de luxo e cumpridas ordens de bloqueio de contas bancárias e imóveis.
De acordo com a PF, o esquema rendia ao empresário cerca de R$ 300 mil por mês. O homem não teve o nome revelado. A Pf também não detalhou como o esquema funcionava.

Documentos foram apreendidos nas prefeituras e secretarias de Educação das cidades de Alagoinhas, Casa Nova, Conde, Ipirá, Jequié e Pilão Arcado.

"Estamos apreendendo todas as licitações e processos de pagamento fraudados e superfaturados. Também estamos buscando documentos, mídias eletrônicas, telefones celulares e apreendemos hoje R$ 800 mil em espécie na casa do empresário investigado", disse a delegada Luciana Caires.

A delegada pondera, ainda, que as suspeitas de fraude nas licitações no serviço de transporte escolar foram confirmadas através de fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU).

"Um trabalho de fiscalização da Controladoria Geral da União nos permitiu confirmar a nossa suspeita de fraude e de superfaturamento nos contratos com esses municípios. Além disso, outras medidas investigativas que foram realizadas pela Polícia Federal confirmaram o pagamento de propina aos prefeitos e aos secretários municipais envolvidos”, explicou ela.

Operação Oferrus

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (21), contra um esquema criminoso de fraude a licitações no serviço de transporte escolar nas cidades de Alagoinhas, Casa Nova, Conde, Ipirá, Jequié e Pilão Arcado, que ficam na Bahia.

O valor dos contratos envolvendo as empresas que participavam do esquema totaliza R$ 130 milhões. Apenas nos municípios de Alagoinhas e Casa Nova, o superfaturamento foi de R$ 38 milhões no período de 2009 a 2017.

Além da fraude a licitações, a operação da PF combate também o superfaturamento, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva e lavagem de ativos envolvendo os contratos do serviço de transporte escolar das seis cidades do interior do estado.

Fonte: G1

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