O Sr. Geci Barreto Rios, representante da Associação Comunitária dos Produtores da Fazenda Lagoa, no município de Mairi, mora na Fazenda Boa Hora e disse que foi enganado pela CERB (Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia).

Segundo ele, em março de 2007, um representante da CERB esteve na sua propriedade para marcar o lugar de perfurar um poço artesiano. O representante da CERB disse que o local fica no alto e ficaria ruim para as máquinas e caminhões subirem para perfurar o referido poço e sugeriu que fosse perfurado na baixada. Geci disse que na baixa, a propriedade era da sogra, se perfurasse lá, ele e as outras famílias ficariam sem água. O representante disse que não teria problema, porque a CERB instala os poços pelo Programa Água para Todos com uma distância de 1,5km. O representante garantiu e Geci aceitou para que o poço fosse perfurado na baixa que fica a cerca de 600 metros de distancia de sua casa. No mesmo ano, Geci disse que o poço foi perfurado com uma vazão de 15 mil litros de água por hora e um representante da CERB marcou o local de colocar as caixas, de acordo com o combinado, para ele e os vizinhos serem beneficiados.

Depois do poço perfurado, Geci disse que continuou lutando, pedindo para que o poço fosse instalado o mais rápido possível por causa da seca que estava se agravando. Depois a sogra dele resolveu vender a fazenda, mas o comprador ficou ciente que o poço seria da associação, para beneficiar a todos.

Em janeiro deste ano, Geci disse que foi surpreendido, onde os representantes da CERB não procuraram ele, procuram o fazendeiro, elaboraram o projeto e o poço já está sendo instalado fora do combinado.
Gessi disse que entrou em contato com a CERB, na pessoa do assessor Rudimar Mota, que depois esteve presente participando de uma reunião na comunidade e fez uma proposta para resolver o problema, onde dessalinizador ficaria na baixa com o chafariz e a água bruta subiria para a casa dele.
A Associação Comunitária dos Produtores da Fazenda Lagoa, fundada em março de 1993, através de uma nota chegou a repudiar a atitude da CERB (Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia) em instalar o poço artesiano na Fazenda Lameiro. Segundo a nota, o motivo do repudio é que os associados ficaram privados do uso do mesmo, devido à distanciada da instalação.
Ainda segundo Geci, o projeto ficou suspenso até que resolvesse o problema. Ele apresentou um termo de sessão de uso para a implantação do projeto, assinada por ele e preenchida pela CERB.

Geci disse que foi surpreendido, que o poço já está sendo instalado, onde apenas o fazendeiro irá ser beneficiado e ninguém da comunidade será beneficiado. “O mais estarrecedor, é que a nutricionista da CERB veio para fazer o cadastro, as pessoas não concordaram, repudiaram essa atitude, não assinaram e a gente tem conhecimento que, segundo informações da CERB que só pode cadastrar as pessoas com 1 km ou 1,5 km ao redor do poço. Infelizmente eles não conseguiram fazer o cadastro de ninguém, porque ninguém concordou, eles foram fazer cadastro na comunidade de Verbenha, que fica a cerca de 6 km do poço, inclusive cadastros de casas fechadas”, disse Geci.

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