Terminou por volta das 20 horas desta segunda-feira, 28, a cirurgia para retirada de quatro agulhas do corpo do menino M.S.A., de 2 anos e 7 meses. A operação demorou quatro horas, duas a mais do que o previsto inicialmente pela equipe médica. Foram extraídos dois objetos da clavícula esquerda, um da axila esquerda e outro que estava localizado entre a sexta e a sétima vértebra cervical.

De acordo com o cirurgião vascular Ronald Fidélis, a criança passa bem e não há risco de sequelas. Nesta terça-feira, 29, o paciente será submetido a novos exames para avaliar seu estado de saúde.

Fidélis lembrou que a cirurgia foi realizada em uma área delicada, sendo mais difícil do que a operação anterior, na região do abdômen. Isso porque o campo de manipulação era pequeno para a equipe envolvida no procedimento.

Equipe – A operação teve participação também do cirurgião vascular José Siqueira e dos neurocirurgiões do Hospital Roberto Santos, Thiago Cavalcante e Siegfried Kuehnitzsch.

Agora, chega a 22 o número de agulhas retiradas. Outras nove ainda estariam no organismo, mas não devem ser extraídas de imediato, pois não comprometem o funcionamento dos órgãos.

O garoto deverá permanecer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por mais dois dias. Essa é a terceira cirurgia desde que ele foi internado com dezenas de agulhas pelo corpo. A primeira operação em M.S.A. foi no dia 19 de dezembro, quando foram extraídos quatro objetos das regiões do coração e pulmão. A segunda foi realizada no dia 23, com a retirada de 14 itens da bexiga e do intestino delgado.

Inquérito – Nesta segunda, o delegado de Ibotirama, Helder Fernandes Santana, responsável pela investigação do caso, informou que o inquérito será encerrado e entregue ao juíz na próxima terça-feira, 29.

O padrasto do garoto, Roberto Carlos Magalhães Lopes, que confessou o crime, será indiciado por tentativa de homicídio qualificado. No caso de Angelina, suposta amante de Roberto Carlos, e acusada por ele como co-autora e mentora da ação, não foram encontradas provas sobre sua participação.

Os dois continuam presos e a suspeita é de que a colocação das agulhas na criança fazia parte de um ritual religioso.

Fonte : A TARDE On Line

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