Esta quarta-feira (23) é dia de recorrer a transportes alternativos para se deslocar em Salvador, já que os rodoviários decretaram greve por tempo indeterminado e a cidade está praticamente sem ônibus. Quem está aproveitando essa falta de transporte coletivo para lucrar são os mototaxistas.

Esse tipo de transporte é legalizado em Salvador e tem servido para muita gente se virar em meio à paralisação de motoristas e cobradores.


William Estrela, mais conhecido como "W 70", trabalha como mototaxista há nove anos no bairro de Pirajá e vê na greve de ônibus uma boa oportunidade de lucro. Das 6h às 7h30 desta terça-feira, ele conta que fez 25 corridas. Em dias normais, diz que teria feito no máximo três no mesmo período.

“A greve ajuda os mototaxistas e os mototaxistas ajudam a população, que fica sem opção de transporte”

Marcos Henrique, que atua há nove anos como mototaxista na Bonocô, diz que o movimento cresceu nesta quarta-feira, mas não como ocorria nas últimas greves. “Agora temos mais opções de transporte. Temos metrô, Uber, 99. Temos mais concorrência”.
No bairro do Lobato, durante a manhã, os mototaxistas chegavam a cobrar R$ 8 para a viagem até o bairro da Calçada, que ficam a uma distância de cerca de 3km entre um e outro.

Prejuízo
Diferentemente dos colegas estão faturando com a greve dos rodoviários, os mototaxistas que trabalham na estação do metrô de Pirajá reclamam de prejuízo e dizem que estão com menos passageiros que o normal. Por conta da falta de ônibus, muita gente tem dificuldade de chegar no terminal e solicitar o serviço.

"[O movimento] Está fraco porque os ônibus não estão rodando e os carros particulares estão trazendo passageiros para o metrô. Se tivessem pelo menos 30% da frota funcionando, a história seria outra, eu acho", conta o mototaxista Jorge Luis Santos Graça. Ele diz que costuma pegar cerca de 10 pessoas por dia nesse ponto e só levou 3 até por volta de 10h.

Fonte: G1 Bahia

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