O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu, em entrevista à Folha de S. Paulo, que pode, em algum momento, na eleição, haver um “candidato de outro partido e o PT apoiar”.

“Eu sou contra a tese da hegemonização. Em algum momento pode ter candidato de outro partido e o PT apoiar. Se o Eduardo Campos tivesse aceitado a proposta que eu fiz para ele e para a Renata em Bogotá, em julho de 2011, de ele ser o vice da Dilma [em 2014] e ser nosso candidato em 2018, a gente agora estaria gostosamente discutindo a campanha dele à Presidência da República. E não a minha”, afirmou.

Lula reiterou, no entanto, que não abre mão de disputar o pleito. “Não abro. Não abro. Se eu fizer isso, minha filha, eu tô dando o fato como consumado. Eu vou brigar até ganhar. E só vou aventar a possibilidade de outra candidatura quando for confirmado definitivamente que não sou candidato”, ressaltou.

Sobre a possibilidade de apoiar o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) para presidente, Lula disse: “Eu não ando vendo o que o Ciro tá falando porque ele anda falando demais”.

“O Ciro ou vai para a direita ou não pode brigar com o PT. Eu fico fascinado de ver como uma pessoa inteligente como o Ciro fala tão mal do PT. Não consigo entender. Vamos ser francos: pela direita, ninguém será presidente sem o apoio dos tucanos. Pela esquerda, ninguém será presidente sem o PT”, acrescentou.

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