Prepostos da administração da barragem do França, situada entre os municípios de Miguel Calmon e Piritiba-BA, no Piemonte da chapada Diamantina, esclareceu aos questionamentos feitos pelo Sindicato Rural de Miguel Calmon, referente à atual situação da barragem.

Tivemos acesso aos dados dos registros de acompanhamento dos níveis da barragem, onde mostram que a situação de hoje não é diferente dos últimos quatro anos.

Vejamos alguns dados:

Para que você possa entender melhor, vou passar as informações com base na cota máxima da barragem, que é de 513.50. (COTA é a medição de altura do nível da agua em relação ao nível do mar).

Em fevereiro de 2014 a cota estava em 509.21;

Em Fevereiro de 2015 a cota estava em 512.97;

Em fevereiro de 2016 a cota estava em 513. 41;

Em fevereiro de 2017 a cota está em 509. 58.

Lembrando que a barragem atingiu cota mínima (504.36), em janeiro de 2013, nesse mesmo mês choveu e a cota começou a aumentar. No inicio de 2014 tivemos chuvas e o volume da barragem que se encontrava baixo subiu. 2015 também tivemos um bom volume de chuva e a cota subiu bastante, chegando a 513.33, faltando apenas 17 cm para verter, em 2016 o volume de chuva foi ainda maior e a cota ultrapassou os 513.50, vindo a verter no dia 24-01-2016, seguindo até o dia 16-02-2016.

Em 2017 ainda não tivemos chuvas e a cota está em 509.58. (até o dia 27/02/2017)

Média de consumo diário por medida:

392 cm (Que baixou da data que verteu até hoje, 27-02-2017), dividido por

374 dias = 1.048 cm/dia. (menos de 1.1 centímetros por dia)

De acordo com a administração da barragem, a válvula aberta para regularização do rio e abastecimento de comunidades que estão abaixo da mesma, além de manter o equilíbrio natural da fauna e da flora, está liberando 200 litros por segundo, essa determinação é feita pelo INEMA.

A administração também chama atenção para a área de preservação permanente - APP, que é de 100 metros, tendo em vista que vários produtores estão desrespeitando essa norma, produzindo dentro da área de proteção e causando assoreamento na barragem, além de contaminar a água com agrotóxicos.

Da redação/Calmon Noticias

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